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Quanto todos os dias fazemos algo,
a nossa vida molda-se em torno dos nossos hábitos.
Se eles são bons custa-nos imaginar desperdiçar um momento de satisfação.
Quase todos os dias escrevia... por impulso... sem preparação ..sem os reler.
Quando as revelações me mostrarm alguém diferente reli-me... para me conhecer.
Soube mais de mim do que queria, mudei-me para quem era sem o saber... parei.
Apostei na minha fraca memória, pois os textos continuavam a aparecer... no trânsito, nas caminhadas, no banho ... em todo lado. Assim fui esquecendo-me de quem era, para conseguir continuar a viver... por impulso...sem preparação... sem me reler.
Não quero saber de mim tanto quanto sei sem o saber.
Mas posso voltar a escrever... porque aprendi a me reler... sem me ver.