terça-feira, junho 27, 2006

You didn't come here to have fun, you said: "well I just came for you"



The plan it wasn't much of a plan
I just started walking
I had enough of this old town
had nothing else to do
It was one of those nights
you wonder how nobody died
we started talking
You didn't come here to have fun
you said: "well I just came for you"
But do you still love me?
do you feel the same
Do I have a chance
of doing that old dance
with someone I've been
pushing away

And touch we touched the soul
the very soul, the soul of what we were then
With the old schemes of shattered dreams
lying on the floor
You looked at me
no more than sympathy
my lies you have heard them
My stories you have laughed with
my clothes you have torn

And do you still love me?
do you feel the same
And do I have a chance
of doing that old dance again
Is it too late for some of that romance again
Let's go away, we'll never have the chance again

You lost that feeling
You want it again
More than I'm feeling
you'll never get
You've had a go at
all that you know
You lost that feeling
so come down and show

Don't say goodbye
let accusations fly
like in that movie
You know the one where Martin Sheen
waves his arm to the girl on the street
I once told a friend
that nothing really ends
no one can prove it
So I'm asking you now
could it possibly be
that you still love me?
And do you feel the same
Do I have a chance
of doing that old dance again
Is it too late for some of that romance again
Let's go away, we'll never have the chance again

I take it all from you
I take it all from you
I take it all from you
I take it all from you

I take it all from you
I take it all from you

Letra: dEUS - "notinhg really ends"

Print: Nicola Coin - "Waiting for you"

sábado, junho 24, 2006

Uma estória ingénua, 1ª parte

Ele sempre teve a capacidade de fazer rir os outros. A fronteira entre o palhacinho e o inocente sempre foi ténue, nem ele sabia de que lado estava.
Aos 3 anos quando lhe perguntaram o que queria ser quando fosse grande respondeu prontamente. Aquela que ele achava ser a profissão mais linda do mundo, cheia de liberdade, de vontade de viver e aproveitar cada segundo da vida, adorada e admirada por todos. Embora muito novo sabia que não iria ser fácil, não sabia o que as pessoas tinham de fazer para seguir aquela profissão, e porque é que não conhecia nenhum que o tivesse feito, no entanto estava decidido: quando fosse grande seria cavalo.

Eu, o Mundo, a Pluraridade das Aparências, a Realidade


" Suponha que está sentado num banco à beira de um caminho, numa paisagem de alta motanha. Tudo o que os seus olhos veêm já lá estava milénios antes de si, segundo a nossa concepção habitual. Mais um breve momento e, por certo, você deixará de la estar: a floresta, as rochas, o céu, esses ainda existirão vários milénios, imutáveis.
Que fez sair tão drasticamente do nada para florir, durante um efémero instante, este espéctaculo que o ignora?
Todas as condições para que nós existamos são quase tão antigas como aquele rochedo. Os homens lutaram, sofreram, procriaram durante milhares de anos, as mulheres pariram na dor durante milénios. Talvez um outro estivesse aí sentado, nesse mesmo lugar, há cem anos. Também ele foi engendrado por um homem e dado há luz por uma mulher. Tal como você também ele sentiu a dor e um breve alegria.
ERA DE FACTO OUTRO? Não seria você mesmo? O que é o seu EU? Que condição foi precisa para que o ser engendrado desta vez se tornasse você, justamente você e não outra pessoa? Que sentido claramente compreensível, compatível com as ciências da natureza se deve dar a essa "outra pessoa"? Se aquela que é agora a sua mãe tivesse vivido com outro e gerado um filho dele, e se o seu pai tivesse feito o mesmo, será que você se teria tornado você? Ou viveria porventura neles, no pai de do seu pai, desde há milénios? E ainda que assim fosse, porque não é você o seu irmão, porque motivo não é ele você? Ou então um dos seus primos afastados. Afinal o que o faz descobrir diferenças- a diferença tão obstinada entre você e outra pessoa- quando objectivamente o que está aqui é a mesma coisa?"
ERWIN SCHRÖDINGER, Prémio nobel da Física 1933, "Ma conception du monde"

quinta-feira, junho 22, 2006

quase...


Quem viveu na totalidade já não vive, quem sentiu a 100% já não tem espaço para mais sentir. Um copo cheio não leva mais água e um pensamento genial repetido à exaustão torna-se banal. Um quase, um pouco que falte, pode ter o tamanho do mundo, porque quem atingiu a felicidade não é eternamente feliz, mas quem quase a atinge é feliz por simplesmente imaginar que está quase a sê-lo. Não sei se comentei texto, penso que quase o comentei.