domingo, abril 27, 2008
Baú: Dez/06 - Não faz sol na Dinamarca
Eu estava na mesa do Bar no meio de amigos comuns. Já várias vezes tinha trocado monosílabos com ela. Já por vezes tinha reparado nos olhos amendoados e expressivos, já a adivinhar que dentro de poucos segundos os seus lábios esboçariam um sorriso. Mas não conseguia sair deste ponto. Adorava observar. Limitar-me a imaginar.
Poucas trocas e muitos sonhos depois, no mesmo bar de sempre, ela levanta-se para ir embora, passa por mim, e na altura exacta em que eu cobardemente desvio o ollhar, toca-me e passa-me um guardanapo. Lembro-me da minha ansiedade, da minha falta de coragem para o que aí vinha. E da surpresa quando vi. Não! ela não se limitaria a deixar um número de telefone, não se limitaria a dizer que me queria conhecer melhor, ou que me achou interessante.
No guardapo esta uma citação de Anne Rice... "The awaikening of a need so terrible, that the very promise of its fulfilment contains the unberable possibility of disapoitment".
Passaram uns dias e ela não voltou a aparecer no bar. E depois passaram umas semanas... e nada.
Certo dia, estava eu presente e ausente no mesmo sítio do costume, quando um amigo afastado do meu lado, amigo direito do lado dela veio ter comigo e entregou-me um par de óculos escuros, género "John Lennon" que eu invejava secretamente por fazerem parte do dia-a-dia dela. Junto aos óculos vinha um bilhete que dizia: "Não faz sol na Dinamarca".
E ela foi, e eu fiquei...
pic by frigobox
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4 comentários:
e não haverá volta?
O sol existe dentro de vocês, meu lindo...
Beijinho
No teu baú foram pintados fundos, fizeste uma viagem à Dinamarca... e por lá andas perdido... Será seguramente um Baú de tesouros, que te faz parar nele, e estar contigo mesmo e com as tuas histórias! Nós ficamos a aguardar o teu regresso à blogosfera.
Lindo...mesmo
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