A primeira vez que saltei
Pareceu que voei
Um salto pequeno
Eterno
Pouco depois
De pouca altura caí
Quase morri
Pouco demorou
Até o próximo salto
Caí sem sofrer
E saltei, saltei
E saltei por prazer.
A primeira vez que voei,
Demorei a levantar,
Mas subi, subi sem parar.
Durante 6 anos subi,
Passem o ceú,
Toquei as estrelas
Olhei e olhei
E vi, vi tudo
Antes de cair
Não mais voei,
Mas uma vez saltei,
Saltei tão alto
Que fiz parte do ar,
E quando caí,
Sonhei voar.
quarta-feira, abril 26, 2006
segunda-feira, abril 17, 2006
Coração de Arame
Na noite riscada de estrelas cadentes,
Mais numerosas e breves que os desejos que se possam formular,
Prometi esperar por ti.
Mas o sono ronda o corpo até encontrar,
uma ferida por onde entrar
e adormece o sangue num torpor de chumbo,
rarefaz a luz e coagula o ar na árvore dos pulmões.
E quando desperto estou rodeado de constelações desconhecidas
e o mundo afogou-se em silêncio para lá dos meus dedos
"O que perdeste?"
"O meu coração de arame"
José Carlos Fernandes, 1997
Poema sem Nome
Vida Curta
Mundo são
Ideia Idiota
Vivida em vão
Homem Forte
Imponente
Um garanhão
Impotente
O Grande heroi
que tudo fez
Um reinado
de um mês
Aquele que sobressai
Que sobretudo tira
Que me vê e vai
Esvanece na mentira
Figura Adorável
Gente Odiosa
Espinho Prestável
De uma qualquer Rosa
Aquele que te quer
Mas não te Deseja
Nem o seu ser
Ele Enseja
Vida Feia
Bela Morte
Morte cheia
Vida sem sorte
Aquele, o tal
Quem é?
Tal e qual
O que o espelho vê.
Sagrav Iur, 1993
Mundo são
Ideia Idiota
Vivida em vão
Homem Forte
Imponente
Um garanhão
Impotente
O Grande heroi
que tudo fez
Um reinado
de um mês
Aquele que sobressai
Que sobretudo tira
Que me vê e vai
Esvanece na mentira
Figura Adorável
Gente Odiosa
Espinho Prestável
De uma qualquer Rosa
Aquele que te quer
Mas não te Deseja
Nem o seu ser
Ele Enseja
Vida Feia
Bela Morte
Morte cheia
Vida sem sorte
Aquele, o tal
Quem é?
Tal e qual
O que o espelho vê.
Sagrav Iur, 1993
Subscrever:
Mensagens (Atom)