Porquê sofrer?
Porquê fazer sabendo que nos vamos magoar?
Porque entre a decisão e o sofrimento há a dança.
Sofrer é a ressaca da vida...
é a dor de cabeça depois da loucura,
o mau-estar que é sina do embriagado... do embriagado de vida.
Devemos pois, beber a vida,
como que sair à noite com quem nos faz bem.
Viver é um kalashnikov, na vodka do amor,
o absinto da paixão que arde até doer,
salpicado de açúcar e canela.
Viver é rock'n'roll, dançar até cair,
são baladas de proximidade,
saltos de loucura.
Viver é sentir a ressaca e dizer nunca mais,
mesmo sabendo que nos falta apenas um convite para voltar.
Viver é mesmo beber e dançar,
cada qual da sua forma... sem medo,
sem dizer que não se sabe dançar...
Quem é que na realidade pode dizer: Eu sim, eu sei viver.
pic Marinshe
6 comentários:
E eu só quero viver contigo...
“Porquê sofrer?
Porquê fazer sabendo que nos vamos magoar?
Porque entre a decisão e o sofrimento há a dança.”
Será curiosidade mórbida?
Ou embriaguez dos sentidos?
Hoje decidi fazer-lhe as malas, abri-lhe a porta e convidei-o a sair. Mas ele quis permanecer. E, assim, a única forma que tenho de o mandar embora é expulsando-o.
Nunca quis dançar embalada pelos violinos desacertados que me espetavam o peito com alfinetes (mas dançava).
A decisão que tomei deixa o sofrimento na sarjeta. E o seu único par de dança será a mágoa que, com esta libertação, me deixou.
Beijos ternos
“Devemos pois, beber a vida,
como que sair à noite com quem nos faz bem.
Viver é um kalashnikov, na vodka do amor,
o absinto da paixão que arde até doer,
salpicado de açúcar e canela.
Viver é rock'n'roll, dançar até cair,
são baladas de proximidade,
saltos de loucura.”
Estes versos, em particular, arrebataram-me.
Mais um B52(*) para esta mesa, por favor!
Pois quero sentir o chama da vida percorrer-me a garganta.
Beijos!
(*) Continua a ser o meu preferido.
Ah! E beijos também para esse primeiro pirilampo que comentou o post:)
"Porque entre a decisão e o sofrimento há a dança"... pois vamos viver na corda bamba, dançando muito e sempre... ainda que possamos cair, o que já dançamos ninuém nos tira! Mais uma dança?
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