O meu cérebro cansa-me.
Tenho a sensação que penso várias coisas distintas ao mesmo tempo.
Não consigo parar, nunca.
Às vezes desejo que o dia fosse uma hora, para poder descansar mais vezes.
E as minhas atitudes são iguais.
Várias ao mesmo tempo, constantemente.
Consigo ser querido e frio na mesma frase. Sarcástico e carente.
Penso e ajo, ajo e penso... e dou em doido.
Nunca sei o que esperar de mim, nunca sei o que não sou capaz.
Sempre a pensar, pensamentos pequeninos, que nascem em cada segundo e se reproduzem.
Malditos nano-pensamentos que se reflectem no meu coração.
Adoro, e reprovo, estou feliz e triste, amo e amo, e amo e amo.
Estou cansado, estou cansado de ser, porque não sei ser eu.
Ninguém devia vir ao mundo sem ter experimentado esta existênia pelo menos uma vez.
Se calhar esta é a minha primeira vez, mas se o for, não estou a aprender muito com ela, porque sinto e sofro muito.
Pequenos sofrimentos, nano-sofrimentos.
sábado, novembro 25, 2006
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3 comentários:
Meu querido Sentidor,
Hoje li-te e hoje li-me a mim...
Sinto tanto assim...
Há dias em que fecho os olhos e vejo um enorme novelo de lã sem ponta por pegar... uma enorme confusão...
Beijos enormes e obrigada
“Quero voar,
Ir embora,
Descansar…”
Durante anos tive um pequeno papel com esta anotação colado algures no meu quarto, junto com fotos e imagens de que gostava. A frase é minha e transmitia o que me ia na alma, desde sempre, desde que me lembro de pensar em mim e na vida.
Hoje disse-te que estava a ter um ano mau, referia-me a uma questão específica, e tu, muito bem, disseste que noutras coisas estava a ter um ano bom… Interrompemos a conversa e faltou-me dizer que, no que mais interessa, estou a ter um dos melhores anos da minha vida. O outro foi o ano passado.
Sem saber porquê, desde criança sempre me senti perdida, fora do meu lugar.
Como tu dizes: “Estou cansado, estou cansado de ser, porque não sei ser eu”.
E em 2004 descobri-me feliz como nunca fui antes. E assim tenho estado. Bem comigo própria. Bem com os outros. Bem com o mundo.
Tudo se transforma. Incluindo nós, os nossos estados de alma, as nossas vidas.
1 beijo enorme!
Este é provavelmente dos posts que escreveste que mais vontade me dá de comentar e re-comentar...
A Maria diz e bem, que tudo se transforma, que estamos em constante movimento (sorri com as tuas palavras Maria...).
O nosso estado de alma e a nossa vida andam de mãos dadas. Quando vejo o emaranhado do meu novelo, sacudo a cabeça... e foco-me naquilo que é para mim o mais importante e que graças a Deus já descobri... sei que passado um tempo tudo fica calmo, sinto-me em paz...
O novelo acaba sempre por voltar a aparecer, mas aquilo que é importante acaba também por o vencer. E vou assimilando... e o novelo vai aparecendo cada vez menos vezes...
Bjs para os dois.
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