domingo, agosto 19, 2007

Odes a alguém


primeira

Deixo-te tanto tempo só, tão longe.
Tenho toda a vontade do mundo em ir a correr ter contigo, mas não posso.
Por mim abraçava-te, mergulhava-te, cheirava-te e deliciava-me, mas não posso.
Queria tanto dizer-te que vou estar lá sempre, que estás cá sempre, mas não posso.
Sonho sempre contigo, e nunca vejo a tua cara.
Queria tanto ver a tua cara e tocá-la, como toco em mim, como se fosses parte de mim.
Mas não posso.
Não Posso.
Não posso, porque não sei quem és.

segunda

Há tanto que não conheço,
há tanta beleza para desfrutar,
mas o meu desconhecimento
torna perfeito o meu lar.
Se tu me conheces talvez me achasses especial,
se eu me revelasse, talvez a tua escala mudasse.
Mas o facto de não saber onde estás torna-te demasiado distante,
o facto de não saber quem és, torna a procura desoladora.

Continuarei a procurar,
suplicando que no fim da minha procura,
não desespere por não conseguir voltar atrás,
se descobrir que passei por ti.


pic imxanxillusion

2 comentários:

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Não posso crer que alguém como tu, com a tua sensibilidade, passe indiferente a esse alguém.

É impossível.

Wellcome back!

Beijos

100 remos disse...

"Hold still for a moment..."