carta

Sinto a tua falta. A falta do teu olhar, do teu sorriso, da tua mão e da tua franqueza.
Sinto falta que me critiques, que me faças abrir.
Sinto falta de ti, que me proves que existes.
Às vezes parece que sinto o teu calor, adoça-me pensar que é nessas alturas que pensas em mim.
Sinto inveja da tua felicidade, doi-me saber que não sou a razão dela.
Sinto que o que me tornei tem o teu nome.
O meu sorriso deriva de ti, as minhas lágrimas têm o mesmo sal que as tuas, os dias passam ao ritmo do teu vento.

És a minha paz.

És a chamada que me põe em sentido, o meu General e a fronha de minha almofada.
Tudo por ti, para poder sorrir ao teu lado, para te ter como inspiração, para gostar de ti, para ser quem sou.
Não quero deixar desvanecer, esvoaçar ao vento tudo o que me deste.

És tu.

O meu coração esteve sempre contigo e só quando te conheci ele me foi apresentado. Como me fizeste gostar do meu coração.

Não és perfeita, nem as tuas decisões me parecem sempre justas, mas são música, são cor, são pólen, espinhos e as páginas do meu livro onde, para ti, escrevo por prazer.

Amo-te.

Da única forma que sei amar, como um dia quero amar-me, mas acima de tudo desejo que rimemos. Porque o meu amor não é de amantes, de casais, de atracção. O meu amor é um desejo que tenhas o que mereces, que não te dês nem te percas com quem não valoriza o tesouro que és.